sábado, 29 de abril de 2017

História da Igreja: O Islamismo e a Igreja

POR PROF. FELIPE AQUINO


Resultado de imagem para islã

Enquanto no Ocidente o Cristianismo se propagava sempre mais, no Oriente e no Norte da África sofreu sérias restrições por parte do Islamismo fundado no século VII
A pessoa de Maomé
Maomé (Muhammad-ibn-Abdallag-ibn-Mottalib) nasceu em Meca (Arábia Central) provavelmente em 580. Faleceu com pouco mais de 50 anos, em 632. Desde adolescente, viajava com seu tio comerciante em caravanas pela Arábia, a Assíria e a Mesopotâmia, o que lhe proporcionou o contato com judeus e cristãos.
Por volta de 610/11, Maomé efetuou sua “conversão”. Profundamente impressionado pela desunião dos homens entre si, tornava-se cada vez mais meditativo: entregava-se a severas práticas de mortificação e retirava-se para a montanha a fim de rezar a sós. Certa vez, na “Noite do Destino”, terá tido uma visão: em sonho, estranho personagem lhe apareceu trazendo nas mãos um rolo de pano coberto de sinais e mandando-lhe que lesse; após relutar contra essa ordem no sonho, Maomé acordou, consciente de que finalmente um livro descera em seu coração. Percebia uma voz que lhe falava em nome de Deus, atribuindo-lhe a missão de reformar as crenças, pôr termo à idolatria e às disputas religiosas do seu povo, indicando a todos o caminho do céu. Muito perturbado, contou o ocorrido a sua esposa Kadija, que foi consultar um primo seu, Varaka, homem sensato e culto, que exclamou: “Deus o escolhe para ser profeta de nova fé!” Após repetidas visões, ignorando quem era o personagem que lhe aparecia, Maomé julgava-se perseguido por espíritos e pensava em suicidar-se, quando, certa vez, a estranha voz lhe declarou: “Sou o anjo Gabriel e tu serás o apóstolo do Senhor”.
Doravante o “Iluminado” pôs-se a pregar nova forma de religião: o “Islam” ou, em árabe, a Submissão, Dedicação à Vontade de Deus. Maomé apoiava-se na fé em um só Deus, Allah, criticando os cultos pagãos, predizendo iminente catástrofe e apresentando reivindicações sociais em favor dos pobres. Tais proposições só fizeram irritar a aristocracia de Meca, de sorte que Maomé granjeou para si adversários cada vez mais hostis, temerosos pela sorte de seus ídolos e de suas rendas comerciais. Resolveu então transferir-se para a cidade de Medina na noite de 16/07/622. Tal acontecimento tomou o nome de Hidjra ou Hegira, Fuga, e assinala o início da era maometana.
Em Medina Maomé, apoiado pela população local, revelou dotes de hábil chefe político. Visando a unir numa só população coesa seus compatriotas árabes, começou a estender o seu domínio por meio de expedições de ataque a caravanas comerciais. Os sucessos obtidos iam-lhe assegurando crescente número de adeptos, até que finalmente em 629 Maomé conseguiu entrar em Meca e tomou posse do famoso santuário desta cidade dito “a Caaba”, donde removeu os ídolos. Nos anos seguintes, foi dilatando o seu poder mediante guerras. Finalmente, aos 08/06/632, veio a morrer. A sua obra estava suficientemente adiantada para despertar a consciência religiosa e nacional dos árabes e lançá-los, coesos, à conquista de numerosas nações estrangeiras mediante a prática da “guerra santa”.
As proposições do Islam
As fontes doutrinárias do Islam são o código sagrado do Corão (em Árabe, recitação, declamação, pois o texto devia ser recitado no culto) e a tradição oral dita Sunna.
O Islam é monoteísta, ou seja, reconhece um só Deus Criador, A diferença do politeísmo, que professa muitos deuses, e do panteísmo, que identifica tudo com a Divindade. Acontece, porém, que o monoteísmo do Islam não é originário da Arábia mesma, mas derivado do monoteísmo judaico-cristão. Maomé nunca se apresentou como o fundador de uma religião nova, e, sim, como o novo profeta de tradições mais antigas; a teologia que ele ensinou, deriva-se de três blocos religiosos anteriormente existentes:
1. a antiga religião Árabe, de índole politeísta. Cultuava pedras “divinas”, consideradas como mansões de seres superiores, cujas graças os homens procuravam atrair a si. Um resquício deste culto é a veneração da “Pedra Negra”, situada na Caaba em Meca;
2. a religião israelita, professada por judeus residentes na Arábia, onde se entregavam ao comércio e à agricultura. Foi desse patrimônio judaico que Maomé derivou as grandes linhas de sua orientação religiosa: existe um só Deus, que se foi revelando aos profetas da humanidade: Adão, Abraão, Moisés, Jesus Cristo, e consumou a sua revelação por meio de Maomé, o maior de todos os profetas. A inserção de Maomé na linha do judaísmo explica o uso da Bíblia no ensinamento islamítico assim como certos costumes muçulmanos (as purificações legais, a observância do talião, a poligamia …). Maomé, porém, não se identificou com o pensamento bíblico, porque via em Jesus Cristo não o Filho de Deus feito homem, mas um profeta eminente (coisa que os judeus não aceitavam);
3. a religião dos cristãos: Maomé a conheceu principalmente em suas viagens. Tais cristãos eram geralmente nestorianos e monofisitas. (ver capítulo 9), que lhe apresentaram um Cristianismo debilitado; nunca chegou a ler os Evangelhos.
Sem se comprometer nem com o judaísmo nem com o Cristianismo, Maomé se definiu como continuador da religião de Abraão e de seu filho imediato Ismael, personagens muito mais antigos do que Moisés e Cristo na história sagrada (na verdade o povo árabe é descendente de Ismael, filho de Abraão e Agar). Para justificar sua independência religiosa, Maomé atribuiu a judeus e cristãos “o grande erro de terem falsificado os livros sagrados e o monoteísmo de Abraão e Ismael”.
A Moral maometana prescreve cinco grandes deveres, tidos como “pilastras da Religião”:
1. professar a fé (praticamente o maior pecado para os muçulmanos é a apostasia da fé ou a adesão à idolatria e ao paganismo);
2. orar cinco vezes por dia (ao alvorecer, ao meio-dia, pelas 3/4 horas da tarde, ao pôr do sol, no primeiro quarto da noite), cumprindo-se, de cada vez, as abluções rituais prescritas;
3. jejuar durante o mês inteiro de Ramadã, desde o nascer até o pôr do sol diariamente;
4. dar esmola aos pobres,(o que compreende também a obrigação de dar hospedagem momentânea seja a quem for e a qualquer hora);
5. peregrinar a Meca uma vez na vida.
O Corão autoriza todo homem a ter quatro esposas legítimas e tantas concubinas escravas quantas seus recursos financeiros lhe permitam. O conceito de guerra santa é central no Islamismo e foi responsável pela rápida propagação árabe nos séculos VII e VIII; morrer em batalha armada torna o maometano “mártir”, ou seja, herói religioso; de resto, a noção de “predestinação”, que inevitavelmente assinala a cada indivíduo a hora da sua morte, muito concorreu para precipitar destemidamente os discípulos de Maomé na aventura de fazer a guerra.
A expansão do Islamismo
1. Depois da morte de Maomé, os sucessores (califas = lugar-tenentes) chefiaram expedições conquistadoras e predatórias a países vizinhos e distantes da Arábia. Esse avanço arrebatou ao Império bizantino uma bela porção de seus territórios e ameaçou seriamente a própria cultura helenística.
Também o Cristianismo foi altamente prejudicado pela expansão maometana. Os califas Abu Bekr (632-4) e Omar (634-44) conquistaram a Palestina, a Síria, o Egito e a Pérsia. Assim os Patriarcados de Antioquia (637), Jerusalém (638) e Alexandria (642) ficaram sob a dominação árabe. Tornou-se instável a condição dos cristãos residentes naquelas regiões, especialmente caras à fé por serem o berço do Cristianismo; tal situação explicará o surto das Cruzadas na Idade Média. A expansão árabe foi facilitada pelo fato de que os cristãos estavam divididos entre si nos territórios invadidos: os litígios cristológicos, em particular os monofisitas, jogavam população e governo imperial um contra o outro. Em consequência, os monofisitas egípcios chegaram a saudar com alegria as tropas árabes invasoras, pois estas lhes levavam a emancipação frente a Bizâncio!
O Califa Othmam (644-56) mandou invadir também a Armênia, Chipre e o Norte da África (especialmente Cartago). Cartago, grande centro cristão, caiu em 698; as tropas muçulmanas foram avançando para o Ocidente, atravessaram a Espanha de Sul a Norte e chegaram até Poitiers na França.
Constantinopla sofreu intenso cerco nos anos de 717-18, mas resistiu às pressões bélicas. Finalmente os muçulmanos estabeleceram a sua capital ou a sede do seu Império no califado de Bagdad (750-1258).
Os maometanos não sufocavam o Cristianismo nos territórios ocupados, embora lhe fizessem restrições. Apenas na Arábia os cristãos e os judeus foram obrigados a emigrar. Como quer que seja, o Cristianismo sofreu graves perdas em conseqüência da expansão islâmica; o Norte da África, que era uma região de vida cristã intensa e férvida, foi aos poucos perdendo o seu cunho evangélico; isto, em parte, se explica pela debilitação que as longas controvérsias teológicas acarretaram, como dito atrás.
Os muçulmanos não deixaram de procurar ganhar adeptos entre os cristãos; favoreciam as conversões ao Islam e ocasionalmente praticavam pressões e proselitismo. Entre as medidas proselitistas podem-se citar: isenção de impostos para os apóstatas, emancipação dos escravos que se convertessem, e dos servos da gleba sujeitos a senhores cristãos. Muito ao contrário, quem se passasse do Islamismo para o Cristianismo, era passível de morte; em conseqüência, tornava-se difícil e estéril o trabalho dos missionários da Igreja. Compreende-se que, em tais circunstâncias, tenha havido numerosas deserções da fé cristã, sem possibilidade de se preencherem as lacunas abertas nos quadros da Igreja.
O desaparecimento do Cristianismo implicava decadência cultural e até retorno à barbárie. Tal foi o caso, certamente, do Norte-ocidental da África. Em 1055 contavam-se aí cinco sedes diocesanas, já quase sem importância; a última delas, Cartago, extinguiu-se por completo em 1160 aproximadamente.
O ideal da teocracia até hoje é muito vivo entre os muçulmanos; preconizam um império terrestre regido pelo poder religioso; tenha-se em vista o que ocorre atualmente no Irã e no Paquistão. Este império terrestre, para defender-se ou expandir-se, conta com cidadãos belicosos, pois a bem-aventurança celeste é prometida não propriamente aos pacíficos, mas àqueles que morrem na guerra santa. Em tais condições torna-se instável a sobrevivência e, mais ainda, a expansão missionária dos cristãos.
2. As leis religiosas e morais do Islamismo têm em mira principalmente os pecados públicos (mais suscetíveis de definição legal). O Islamismo reconhece quase exclusivamente o foro externo (ou o comportamento visível da pessoa). Os ditames da consciência ou o foro interno são menos levados em conta na avaliação da conduta humana. Ora precisamente este traço do Islamismo provocou no decorrer dos tempos uma reação ou o surto e o cultivo da vida mística em ambientes islâmicos; assim a Mística veio a ser inseparável da religião da lei em muitas correntes maometanas. Entre os dizeres mesmos do Profeta não faltam os que inculcam a religião interior ou o predomínio dos bens do espírito sobre os da carne. Maomé chegou a falar de purificação da alma, apresentou a vida presente como “água que passa e erva que fenece” (Sur. X 25; XIII 18); afirmou a prevalência da devoção interior sobre os sacrifícios rituais (Sur. XXII 28). Assim o Corão mesmo era capaz de inspirar não somente uma religião formalista, mas também uma piedade muito intensa e profunda. Foi o que se deu nos círculos árabes que entraram em contato com sistemas religiosos dos povos vizinhos, em particular com o Cristianismo; criou-se assim uma autêntica mística muçulmana, da qualdois grandes expoentes são Al-Hallaj (+ 922) e Al-Ghazali (+ 1111).
Especialmente a corrente sufita dedicou-se ao cultivo da vida interior. A palavra árabe que corresponde a Mística é tasawwuf, derivada do termo suf, lã. Significa originariamente “vestir-se de lã”; a roupa de lã era o traje que os antigos ascetas ou monges usavam. Designava, aos olhos do público, a vida retirada do mundo que o asceta levava. Quem se veste assim, no Islamismo, é chamado sufi. Deste vocábulo se deriva sufismo, o designativo da Mística islâmica.
A partir do século XII foram-se formando comunidades de sufitas ou derviches, que seguiam os ensinamentos dos grandes mestres; observavam Regras de vida cenobítica assemelhando-se às Congregações religiosas do Catolicismo. Cada comunidade constava de um grupo relativamente pequeno de sufitas, que no convento viviam de esmolas, e de um grupo maior de leigos, que permaneciam no mundo, mas se reuniam oportunamente para cumprir certas práticas religiosas sob a direção de seus mestres. Algumas destas comunidades subsistem até hoje.
Nos século XIII/XIV fizeram-se sentir no sufismo influências do Extremo-Oriente, principalmente do hinduísmo; caracterizaram-se em práticas como posições corporais e a repetição amiudada do santo nome de Deus. O panteísmo assim se introduziu em vários círculos da mística islâmica, acarretando certa degenerescência da mesma.

sábado, 4 de março de 2017

Cristãos perseguidos na Europa: um relatório assustador

​Os cristãos na Europa enfrentam, atualmente, uma dupla perseguição: são alvo de extremistas islâmicos, muitas vezes vindo de fora, mas também dos próprios compatriotas, que não querem mais saber de Deus.
"Na Europa ocidental hoje, tanto a liberdade religiosa quanto a liberdade de consciência se encontram ameaçadas".
Embora não fizesse parte da discussão, nem fosse divulgado durante a coletiva de imprensa final, um documento distribuído aos bispos italianos pelo Cardeal Angelo Bagnasco, presidente da Conferência Episcopal Italiana e também do Conselho das Conferências Episcopais Europeias, põe o dedo sobre a ferida da perseguição religiosa na Europa. E isso a partir de um ponto de vista privilegiado: o do Observatório sobre a Intolerância e a Discriminação contra os Cristãos, sediado em Viena, na Áustria.
A preocupação do Cardeal Bagnasco não é nova. Já há algum tempo o Cardeal denuncia a construção de uma ordem mundial sem Deus, a qual se reflete, por exemplo, no recente caso de eutanásia infantil praticado na Bélgica. Essa sua preocupação traduziu-se no relatório entregue aos bispos italianos, provavelmente com o objetivo de alargar a visão dos problemas de todo o continente.
O documento contém uma síntese eficaz dos 1.800 casos de discriminação contra os cristãos na Europa, foi redigido por Martin Kugler, diretor do Observatório, e circulou entre os bispos que se reuniram em Roma, de 23 a 25 de janeiro passado, para o encontro de inverno do Conselho Episcopal Permanente.
Entre os episódios de discriminação religiosa relatados desde 2010, estão incluídos:
Martin Kugler nota que "as restrições às objeções de consciência religiosamente motivadas atingem sempre mais os profissionais médicos e os farmacêuticos em diversos Estados membros da União Europeia, entre os quais a França, a Noruega, o Reino Unido e a Suécia", e que a preocupação é que a adoção "de uma linha dura de imposição de posições relativistas termine inibindo, a longo prazo, uma adaptação razoável das crenças religiosas".
O relatório destaca alguns casos dignos de nota. Na Itália, destacam-se o furto e os atos de vandalismo ocorridos na Igreja de Santa Helena, em Messina, no último dia 3 de julho; e a estátua de São Petrônio em Bolonha pichada na sua base com as palavras "Allah Akbar", no dia 26 de junho.
Na França se assinalou, obviamente, o assassinato do padre Jacques Hamel, no último dia 26 de julho.
Na Alemanha, mencionem-se o furto, no mesmo mês de junho, da relíquia do Papa João Paulo II da Catedral de Colônia; os atos de vandalismo na Basílica de Bonn, onde um homem de 24 anos provocou grandes danos à cripta, ao tabernáculo e ao sarcófago dos santos Casio e Florenzio, patronos da cidade; a destruição de quatro cruzes de madeira postas em alguns pontos altos da região Bad Tölz-Wolfratshausen, em um período que vai de maio a agosto.
Na Espanha, apontam-se os dois incêndios dolosos ocorridos em duas igrejas de Narón, entre 10 e 11 de junho.
E, depois, há os casos que afetam o direito à objeção de consciência. Na Bélgica, um lar de idosos foi multado em 6 mil euros por ter negado a eutanásia a um homem de 74 anos que sofre de câncer no pulmão. Na Itália, uma Ordem religiosa feminina foi condenada a pagar 25 mil euros a um professor por ter suspenso o seu vínculo de trabalho com base na incompatibilidade de sua orientação sexual com o ethos da escola católica.
As discriminações afetam, contudo, também os refugiados cristãos. O Observatório sublinha que,na Suécia, refugiados convertidos do Islã ao cristianismo testemunham ter sofrido espancamentos, ameaças, atos de intimidação e exclusão social nos alojamentos para refugiados.
Na Alemanha, 14 jovens iranianos cristãos foram obrigados a fugir dos campos de refugiados de Schloss Holte-Stukenbrock, depois de serem ameaçados de morte durante meses por um grupo de muçulmanos que vivem na caravana.
Assim, os cristãos europeus — os poucos que ainda restam — estão como que "entre a cruz e a espada", por assim dizer: são ameaçados, de um lado, pelos inimigos que vêm de fora, trazendo uma outra cultura e colonizando o continente com uma nova religião; e são hostilizados, de outro, pelos seus próprios compatriotas, que abandonaram a fé cristã e querem vê-la cada vez mais extinta da esfera pública. Cumprem-se, de um novo modo, as palavras do Autor Sagrado: "Se eu saio para os campos, eis os mortos à espada; se eu entro na cidade, eis as vítimas da fome!" ( Jr 14, 18). Que Deus tenha misericórdia da Europa.
Com informações de ACI Stampa | Tradução e adaptação: Equipe CNP

Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

7 gestos de solidariedade da Igreja para com judeus durante a perseguição nazista

Jules-GerardSaliege-MaximilianoKolbe-PioXii_DominioPublico_270116

No dia 27 de janeiro foi celebrada a Jornada Mundial de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto, data do fechamento do campo de concentração de Auschwitz (Polônia) em 1945, o principal centro de extermínio nazista onde morreram mais de 1.100.000 pessoas.
Em meio a esta perseguição, apareceram gestos de solidariedade feitos pela Igreja Católica, liderada pelo Papa Pio XII, os quais ajudaram a salvar centenas de milhares de “irmãos mais velhos na fé”.
1. O Papa Pio XII
Em 1939, o Cardeal Eugenio Pacelli foi nomeado Papa, assumindo o nome de Pio XII. Durante seu pontificado, desenvolveu atividades de acolhida aos judeus. Através da sua obra, conseguiram salvar 800 mil judeus. O Santo Padre os escondia no Vaticano, sobretudo na residência papal, em Castel Gandolfo.
Inclusive, em sua cama nasceram aproximadamente 42 bebês, filhos de refugiados. Em agradecimento a este gesto, vários foram chamados de “Eugenio”.
Também entregou a Israel Zolli, o então Grande Rabino de Roma, uma grande contribuição em ouro para completar os 50 quilogramas deste metal que os nazistas pediram à comunidade israelita em menos de 24 horas ou todos seriam deportados.
Este e outros gestos de caridade fizeram que, com o tempo, o Rabino se convertesse ao catolicismo, e foi batizado com o nome Eugenio.
2. São Maximiliano Maria Kolbe
Este santo polonês teve uma visão quando era pequeno: a Virgem lhe ofereceu uma taça vermelha e outra branca. A vermelha significava que seria mártir e a branca, a pureza. O menino as aceitou. Desde então foi devoto da Virgem e alguns anos depois entrou na Ordem dos Franciscanos.
Em 1936, depois de uma viagem ao Japão, retornou à Polônia em plena Segunda Guerra Mundial. Foi preso junto com outros frades e enviado a campos de concentração na Alemanha e na Polônia. Entretanto, foi liberado pouco tempo depois. Em 1941, foi preso novamente e levado ao campo de concentração de Auschwitz.
A forma desumana com a qual os nazistas o tratavam e as difíceis condições de vida não foram um impedimento para continuar exercendo seu ministério, nem diminuíram a sua preocupação pelo próximo.
Em 3 de agosto de 1941, um prisioneiro da mesma seção em que estava São Maximiliano fugiu; em represália, o comandante do campo ordenou sortear dez prisioneiros para serem condenados a morrer de fome. Entre os homens escolhidos estava o sargento polonês Franciszek Gajowniczek. Este, ao ser elegido, exclamou: “Meu Deus, eu tenho esposa e filhos”. Então, o santo que não estava entre os dez condenados, se ofereceu para morrer em seu lugar. A mudança foi aceita.
Durante os dez dias de prisão, São Maximiliano exortou seus companheiros a fim de que continuassem rezando. Todos morreram menos ele. Quando os nazistas viram que continuava vivo, deram-lhe uma injeção letal e morreu no dia 14 de agosto de 1941.
3. O Cardeal Jules-Gérard Saliège
O Cardeal Saliège é considerado como um herói porque durante a Segunda Guerra Mundial enfrentou os nazistas na França a fim de defender os judeus, obedecendo o mandato do Papa Pio XII. Empenhou-se em melhorar a situação nos campos de detenção no sudoeste do país e redigiu vários documentos em favor do povo judeu.
Em 1941, escreveu às autoridades de Vichy para rechaçar a política antijudia. No ano seguinte, o Cardeal difundiu uma carta pastoral que foi proibida pelas autoridades.
“Os judeus são homens e mulheres… Não podemos maltratá-los a discrição… São seres humanos. São nossos irmãos como os outros. Um cristão não deve esquecer isto”, expressou na carta.
Em 2012, por ocasião dos 70 anos da Segunda Guerra Mundial, na qual os nazistas prenderam 13 mil judeus parisienses, o Yad Vashem de Jerusalém acrescentou uma incisão sobre a Medalha dos Justos entregada postumamente em 1970 ao Cardeal com o objetivo de agradecer-lhe pela defesa dos judeus.
4. O Beato Odoardo Focherini
Odoardo Focherini foi um católico militante desde sua juventude e recordado por seu empenho em salvar os judeus durante a Segunda Guerra Mundial, sabendo que arriscava sua vida.
Casou-se aos 23 anos e teve sete filhos. Aos 27 anos, tornou-se presidente da Ação Católica na Itália, onde centrou seu apostolado em captar os jovens antes do fascismo. Além disso, foi diretor do jornal católico L’Avvenire.
Junto a outros, em 1943, ajudou mais de 100 judeus a fugir para a Suíça. Em 1944, foi preso pelos nazistas enquanto atendia um judeu em um hospital. Levaram-no a um campo de concentração em Hersbruck onde as condições de vida eram precárias. Entretanto, o jornalista nunca reclamou e se manteve firme até o final. Morreu nesse mesmo ano por causa de uma septicemia devido a uma infecção no joelho. Atualmente está em processo de canonização.
5. O sacerdote italiano Ottavio Posta
Este sacerdote italiano realizou uma grande façanha: na noite do 19 de junho de 1994, com ajuda de um grupo de pescadores, atravessou o lago Trasimeno para resgatar os judeus que eram prisioneiros no castelo da Ilha Maior por causa das leis raciais.
Ao chegar à ilha, o Pe. Posta fez os habitantes levarem os judeus à beira, onde os ingleses esperavam. Também acompanhou os libertos enquanto atravessavam o lago. Todo isso em meio aos tiros das metralhadoras.
Em uma carta escrita em 1944, os resgatados assinalaram que “dom Ottavio Posta, pároco da Ilha Maior no (lago) Trasimeno, durante o período de nossa prisão na ilha pelas leis raciais, ofereceu a cada um de nós uma grande ajuda e consolo”.
Em setembro de 2011, recebeu o título de “Justo entre as nações”, a condecoração mais alta concedida pelos judeus.
6. O Venerável Arcebispo ucraniano Andrey Sheptysky
O Arcebispo Andrey Sheptysky, líder da Igreja grego-católica na Ucrânia de 1900 a 1944, colocou a sua própria vida em risco e salvou centenas de judeus durante a ocupação nazista.
Em 1901, foi nomeado Arcebispo Metropolitano da Eparquia Ucraniana de Lviv, convertendo-se no líder da Igreja grego-católica ucraniana. Seu mandato esteve marcado pelo conflito e pela perseguição pelos sucessivos governantes de Ucrânia, inclusive o Império Russo, a Segunda República Polonesa, a Alemanha Nazista e a União Soviética.
Durante a Segunda Guerra Mundial, esteve contra a política nazista para os judeus e pedia para que seus fiéis os tratasse bem, tal como o menciona em uma carta pastoral escrita em 1942. Também exortou seus sacerdotes e abades locais a refugiar os judeus. Neste trabalho, recebeu ajuda do seu irmão, o Beato Klymentiy Sheptysky, archimandrita de monges estuditas da Igreja grego-católica ucraniana.
Além disso, usou seus recursos para criar uma clínica gratuita e ajudar as vítimas da guerra.
Em julho de 2015, o Papa Francisco autorizou o decreto que reconhece suas virtudes heroicas.
7. Florença: as Irmãs Servas de Maria Santíssima Dolorosa
Em outono de 1943, Magdalena Cei, superiora do convento das Irmãs Servas de Maria Santíssima Dolorosa, em Florença, na Itália, acolheu e escondeu 12 meninas judias que fugiam da perseguição nazista da Polônia, Bélgica e França.
Este gesto foi uma resposta ao apelo feito pelo então Cardeal de Florença, Dom Elia Dalla Costa, a fim de proteger e acolher os judeus. No final da guerra, quase todas se encontraram com seus pais, menos duas. No último dia 13 de janeiro, o convento foi reconhecido como “Casa da Vida” pela Fundação internacional Raoul Wallenberg.
Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/sete-gestos-de-solidariedade-da-igreja-para-com-judeus-durante-a-perseguicao-nazista-65007/
Compartilhe!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A casa


Certo dia, a solidão bateu à porta de um grande sábio. Ele convidou-a para entrar. Pouco depois, ela saiu decepcionada. Havia descoberto que não podia capturar aquele ser bondoso, pois ele nunca estava sozinho: estava sempre acompanhado pelo amor de Deus.

De outra feita, a ilusão também bateu à porta daquele sábio. Ele, amorosamente, convidou-a a entrar em sua humilde morada. Logo depois, ela saiu correndo e gritando que estava cega. O coração do sábio era tão luminoso de amor que havia ofuscado a própria ilusão.

Em um outro dia, apareceu a tristeza. Antes mesmo que ela batesse à porta, o sábio assomou a cabeça pela janela e dirigiu-lhe um sorriso enternecedor. A tristeza recuou, disse que era engano e foi bater em alguma outra porta que não fosse tão luminosa.
A fama do sábio foi crescendo e a cada dia novos visitantes chegavam, objetivando conquistá-lo em nome da tentação. Em um dia era o desespero, no outro a impaciência. Depois vieram a mentira, o ódio, a culpa e o engano. Pura perda de tempo: o sábio convidava todos a entrar e eles saíam decepcionados com o equilíbrio daquela alma bondosa.

Porém, um dia a morte bateu à sua porta. Ele convidou-a a entrar. Os seus discípulos esperavam que ela saísse correndo a qualquer momento, ofuscada pelo amor do mestre. Entretanto, tal não aconteceu. O tempo foi passando e nem ela nem o sábio apareciam. Os discípulos, cheios de receio, penetraram a humilde casa e encontraram o cadáver de seu mestre estirado no chão.

Começaram a chorar ao ver que o querido mestre havia partido com a morte. Na mesma hora, entraram na casa a ilusão, a solidão e todos os outros servos da ignorância que nunca haviam conseguido permanecer anteriormente naquele recinto. A tristeza dos discípulos havia aberto a porta e os mantinha lá dentro.

Moral da história: “Entram em nossa morada aqueles a quem convidamos, mas só permanecem conosco aqueles que encontram ambiente propício para se estabelecerem.”

Fonte: https://grupocjc.wordpress.com/2009/12/23/a-casa-2/

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Mensagem para Quaresma: sair da alienação existencial, pede Papa

Na mensagem para a Quaresma 2016, Papa convida a sair da alienação existencial e praticar obras de misericórdia


A Quaresma deste Ano Jubilar é tempo favorável para sair da alienação existencial, diz o Papa Francisco em sua mensagem para o tempo quaresmal. O texto foi publicado nesta terça-feira, 26, pelo Vaticano.
O tema central da mensagem do Papa é a misericórdia, um mistério que se desvenda ao longo da história da aliança entre Deus e o povo de Israel, explica Francisco. Deus sempre se mostra rico em misericórdia, um amor que encontra seu ponto alto em Jesus, a misericórdia encarnada.

O delírio da onipotência

Francisco observa ainda na mensagem que, diante do amor de Deus, fica evidente que a pessoa mais miserável é aquela que não se reconhece como tal. São pessoas que se acham ricas, mas não colocam a riqueza a serviço de Deus e dos outros, acabam tomadas pelo delírio da onipotência.
“Tal delírio pode assumir também formas sociais e políticas, como mostraram os totalitarismos do século XX e mostram hoje as ideologias do pensamento único e da tecnociência que pretendem tornar Deus irrelevante e reduzir o homem a massa possível de instrumentalizar”.
Com essas reflexões, o convite do Santo Padre nessa Quaresma, no Ano da Misericórdia, é que cada pessoa possa sair da sua alienação existencial e praticar as obras de misericórdia, tanto corporais quanto espirituais. É no amor de Deus, enfatiza o Papa, que está a resposta à sede de felicidade que o homem tem a ilusão de poder saciar com os ídolos do poder.
“Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão! Pedimo-lo pela intercessão materna da Virgem Maria, a primeira que, diante da grandeza da misericórdia divina que Lhe foi concedida gratuitamente, reconheceu a sua pequenez, confessando-Se a humilde serva do Senhor”.
Fonte: http://papa.cancaonova.com/mensagem-para-quaresma-sair-da-alienacao-existencial-pede-papa/

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Dez destinos imperdíveis para todo peregrino católico

TierraSantaMarthaCaldero
Alguns destes se caracterizam por seu esplendor arquitetônico, em outros ocorreram aparições marianas, em outros foram lugares nos quais o mesmo Cristo e outros tiveram um papel importante na história da Igreja Católica. Tudo isso e mais os converte nos destinos de sonho para visitar pelo menos uma vez na vida.
Confira a seguir uma lista de 10 destinos imperdíveis para todo peregrino católico: não se esqueça de levar a fé na sua mala.
1. Terra Santahistoria_da_igreja_antiga
Na Terra Santa nasceu, viveu e morreu Nosso Senhor Jesus Cristo e também foi o cenário dos acontecimentos do Antigo e do Novo Testamento. Foi uma terra de batalhas, como as Cruzadas; objeto de disputas políticas e religiosas. Entre os lugares que se pode visitar, está Jerusalém (Israel), a cidade onde Cristo fez parte de sua vida pública e onde entrou triunfante no Domingo de Ramos.
Também é possível visitar o Santo Sepulcro, o Muro das Lamentações, a Igreja da multiplicação dos pães e os peixes, a Igreja da condenação e imposição da Cruz, a Igreja da Visitação, a Basílica da Natividade, entre outras.
Atualmente, os cristãos convivem com várias com religiões, como os judeus e os muçulmanos, para quem essa terra também tem um grande valor.
2. Roma e o Vaticano (Itália)
Roma, a Cidade Eterna. Nela se encontram as quatro basílicas papais: São Pedro (a mais importante), São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros. Também há vários lugares históricos como praças, palácios, casas, catacumbas, museus, entre muitos outros, onde se pode conhecer mais sobre a história da Igreja.
Em seus domínios, está a Cidade do Vaticano, o coração da Igreja Católica. Aí reside o Papa Francisco e toda a cúria romana.
Atualmente, a Igreja celebra o Jubileu da Misericórdia (de 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro do 2016). Assim, o viajante pode se inscrever caso deseje cruzar a Porta Santa e visitar os lugares santos.
3. Fátima (Portugal)
Este é um dos santuários marianos mais importantes para os católicos. Foi onde se apareceu a Virgem de Fátima em 1917 a três pastorinhos (Lúcia, Francisco e Jacinta).
Fátima possui várias capelas e basílicas. A principal é a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, onde estão as tumbas dos três videntes. A parte exterior está rodeada por 200 colunatas. Dentro destas, há 14 altares que também representam as estações do Via Sacra.
Os outros recintos do Santuário de Fátima são a Capela das Aparições, a Casa de Retiros de Nossa Senhora do Carmo e a Reitoria, a Casa de Retiros de Nossa Senhora das Dores e o Albergue do Peregrino, a Praça Pio XII, o Centro Pastoral Paulo VI e a nova Igreja/Basílica da Santíssima Trindade.
4. Basílica da Virgem do Guadalupe (México)
Em 1531, a Virgem de Guadalupe pediu a São Juan Diego que dissesse ao bispo que ela desejava que lhe fosse construído um templo no monte do Tepeyac. Agora, este é um dos lugares católicos mais importantes para os peregrinos de todo o mundo.
A basílica atual foi inaugurada em 1976 e ali se conserva a Tilma de São Juan Diego, onde está plasmada a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Este grande templo foi erguido para acolher uma maior quantidade de peregrinos.
Esta Basílica é parte de um complexo de igrejas conhecido como “A Vila” e que estão dedicadas a São Juan Diego: a Capela do Cerrito, o Convento e Templo das Capuchinhas, a Capela do Pocito, entre outras. Também há uma imagem da Virgem do Guadalupe em braile.
5. Santuário da Virgem da Lourdes (França)
Este Santuário é conhecido como o lugar das curas. Costuma-se entregar a água que se obtém da gruta às pessoas com enfermidades e muitos peregrinam em busca de cura. Também os visitantes deixam milhares e milhares de velas em ação graças ou por um pedido.
O mais importante para visitar em Lourdes é a gruta do Massabielle, onde a Virgem costumava aparecer a Santa Bernadette. Deste lugar brotou um manancial de água pura de onde nunca deixou que brotar água.
Sobre a rocha onde está a gruta, construiu-se a Basílica da Imaculada Conceição, inaugurada em 1871. Em Lourdes também está a Basílica de Nossa Senhora do Rosário que tem uma capacidade para 60 pessoas em cadeira de rodas.historiaigrejadademedia
6. Santiago de Compostela (Espanha) 
A Catedral de Santiago de Compostela foi construída sobre um pequeno mausoléu onde foram colocados os restos do apóstolo São Tiago. Logo depois que foi reconstruída quatro vezes, em 1075 foi erguida a catedral que é conservada até hoje, embora tenha passado por vários estilos arquitetônicos.
Foi o cenário de vários acontecimentos históricos, como as coroações dos reis de Galícia na Idade Média, e foi o quartel dos soldados franceses durante a Guerra de Independência.
Atualmente, Santiago de Compostela é o destino final do “Caminho de Santiago”, um dos principais lugares de peregrinação na Espanha e no mundo.
7. Santuário da Divina Misericórdia (Polônia)
Este Santuário está localizado na colina de Lagiewniki, perto da cidade de Cracóvia. Era a antiga capela do Convento das Irmãs da Mãe de Deus da Misericórdia, onde Santa Faustina Kowalska, a vidente da Divina Misericórdia, morou durante cinco anos.
Em um altar localizado embaixo do quadro de Jesus Misericordioso estão as relíquias desta Santa, a quem o Senhor da Divina Misericórdia apareceu e transmitiu a conhecida oração do Terço da Misericórdia.
Outro dos tesouros espirituais deste Santuário é a “pedra angular”, a qual foi trazida do Gólgota (o monte calvário) e colocada na entrada.
Dizem que São João Paulo II costumava passar perto do Santuário todos dias quando ainda era jovem e trabalhava em umas pedreiras da fábrica Solvay. Em 2002, consagrou o mundo à Divina Misericórdia neste mesmo lugar.
8. Igreja da Sagrada Família em Barcelona (Espanha)
A construção deste fantástico templo começou a partir de uma inspiração santa. O livreiro Josep María Bocabella, animado por São Josep Manyanet, teve a ideia de construir um templo expiatório dedicado à Sagrada Família.
O arquiteto catalão Antonio Gaudí, atualmente em processo de beatificação, recebeu a missão de desenhá-la. Inventou uma estrutura que reflete as formas da natureza. Suas doze torres representam os doze apóstolos, procuram imitar as árvores e o esqueleto humano. Não existe nem um só pedaço desta Igreja que não haja um detalhe. Sua estética é harmoniosa e dinâmica. Suas janelas permitem uma excelente iluminação interna.
Sua construção continua sedo feita desde 1882 e os arquitetos encarregados desta obra esperam que esteja pronta em 2026. Foi consagrada pelo Papa Bento XVI como Basílica Menor em 2007 e é um dos lugares mais visitados na Espanha.
9. Basílica de Nossa Senhora da Aparecida (Brasil)
A Basílica de Nossa Senhora Aparecida é a segunda basílica maior do mundo, logo depois da Basílica de São Pedro (Vaticano). Foi construída alguns anos depois que um grupo de pescadores, entre os quais estava Felipe Pedroso tivesse encontrado uma imagem de Nossa Senhora da Conceição.
Seu filho, Atanasio Pedroso construiu uma capela. Com o passar do tempo, a Basílica atual foi construída. Tem uma capacidade de 45 mil pessoas. Neste templo, o Papa Francisco celebrou sua primeira Missa pública durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio do Janeiro, em 2013, e, em 2007, foi a sede da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, inaugurada pelo Papa Bento XVI.HistóriadaIgrejaModernaeContemp
10. Catedral de Notre Dame, Paris (França)
Sua construção começou na Île de la Cité de Paris em 1163 e foi finalizada 180 anos depois. Rodeada pelas águas do rio Sena, Notre Dame foi cenário de novelas, pinturas e filmes.
Notre Dame foi desenhada para ser um “catecismo de pedra” e que por meio dela os fiéis conheçam Deus, especialmente porque nessa época a maioria das pessoas não sabia ler nem escrever.
Os alicerces sobre os quais se edificou esta catedral gótica são nada mais e nada menos que a primeira igreja cristã de Paris, a Basílica de Saint-Ettiénne, construída no ano 528.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Muita sabedoria Jó!


1.Jó tomou a palavra nestes termos:
2.Sois mesmo gente muito hábil, e convosco morrerá a sabedoria.
3.Tenho também o espírito como o vosso (não vos sou inferior): quem, pois, ignoraria o que sabeis?
4.Os amigos escarnecem daquele que invoca Deus para que ele lhe responda, e zombam do justo e do inocente.
5.Vergonha para a infelicidade! É o modo de pensar do infeliz; só há desprezo para aquele cujo pé fraqueja.
6.As tendas dos bandidos gozam de paz; segurança para aqueles que provocam Deus, que não têm outro Deus senão o próprio braço.
7.Pergunta, pois, aos animais e eles te ensinarão; às aves do céu e elas te instruirão.
8.Fala (aos répteis) da terra, e eles te responderão, e aos peixes do mar, e eles te darão lições.
9.Entre todos esses seres quem não sabe que a mão de Deus fez tudo isso,
10.ele que tem em mãos a alma de tudo o que vive, e o sopro de vida de todos os humanos?
11.Não discerne o ouvido as palavras como o paladar discerne o sabor das iguarias?
12.A sabedoria pertence aos cabelos brancos, a longa vida confere a inteligência.
13.Em (Deus) residem sabedoria e poder; ele possui o conselho e a inteligência.
14.O que ele destrói não será reconstruído; se aprisionar um homem, ninguém há que o solte.
15.Quando faz as águas pararem, há seca; se as soltar, submergirão a terra.
16.Nele há força e prudência; ele conhece o que engana e o enganado;
17.faz os árbitros andarem descalços, torna os juízes estúpidos;
18.desata a cinta dos reis e cinge-lhes os rins com uma corda;
19.faz os sacerdotes andarem descalços, e abate os poderosos;
20.tira a palavra aos mais seguros de si mesmos e retira a sabedoria dos velhos;
21.derrama o desprezo sobre os nobres, afrouxa a cinta dos fortes,
22.põe a claro os segredos das trevas, e traz à luz a sombra da morte.
23.Torna grandes as nações, e as destrói; multiplica os povos, depois os suprime.
24.Tira a razão dos chefes da terra e os deixa perdidos num deserto sem pista;
25.andam às apalpadelas nas trevas, sem luz; tropeçam como um embriagado.
------------------------------------------
Resposta certa para aqueles que ainda não acreditam no Senhor !
Serve para hoje e sempre! Amém!